Kátia, a ingrata
Dinheiro e Negócios

Kátia, a ingrata


Não muito raro pessoas desesperadas procuram minha empresa com problemas graves e, depois que resolvemos o pepino delas, elas fazem cu doce para nos pagar e até mesmo têm a coragem de desmerecer o trabalho desenvolvido para tentar diminuir a nossa remuneração.

Hoje vou compartilhar com vocês uma situação que está se desenrolando neste mês de abril. Se você não gosta de desonestidade, se prepare para ficar puto. 

Em 2013 uma senhora chamada Kátia (nome fictício por motivos óbvios) compareceu lá na empresa com um problema daqueles: fora autuada pela Receita em R$ 180 mil.
Receita de olho no dinheiro da mulher
Kátia disse que procurou advogados, contadores, auditores, pais de santo, enfim, todo tipo de profissional, e todos disseram que não havia nada a ser feito no caso dela a não ser pagar o valor integral da autuação.

Fechamos um contrato com Kátia em que nos comprometemos a tentar resolver o problema dela perante a Receita, e como contraprestação ela nos pagaria R$ 9 mil de entrada e 5% do valor do êxito (ou seja, se conseguíssemos livrá-la de pagar R$ 180 mil, ela teria que nos pagar mais 5% de R$ 180 mil).

Com o contrato assinado e o valor da entrada pago, demos início à prestação de serviço. 

Constatamos que a Receita só tinha razão em cobrar R$ 24 mil, orientamos a cliente a pagar esses R$ 24 mil e impugnamos os R$ 156 mil que entendemos que o fisco estava cobrando indevidamente.

Com a lerdeza típica do serviço público, somente agora em abril de 2016 saiu o resultado da impugnação: totalmente procedente, ou seja, conseguimos livrar a Kátia de pagar R$ 156 mil.


Sensação boa de dever cumprido
Telefonei para a Kátia para dar as boas notícias e, claro, cobrar os 5% sobre o êxito, ou seja, R$ 7.800,00 (5% de R$ 156 mil).

Kátia: Nossa, R$ 7.800,00? Tudo isso?! 
Madruga: Sim, o contrato que você assinou conosco prevê que você pagará 5% sobre a economia fiscal, e conseguimos com nosso trabalho te livrar de pagar R$ 156 mil.
Kátia: Tá muito caro esses R$ 7,8 mil, se eu soubesse que seria isso tudo não teria contratado. 
Madruga: Como assim "se eu soubesse"? Está no contrato, a senhora sabia.
Kátia: Olha, isso foi em 2012, eu sinceramente não lembro porque contratei vocês, eu poderia ter feito essa impugnação na Receita sozinha.
Minha cara quando a jabiraca disse isso
Mandamos o boleto para o e-mail da Kátia e estamos tentando contato telefônico, mas ela não atende mais as ligações.

Muito provavelmente essa situação vai descambar em uma cobrança judicial. 

Resumo da ópera: a desgraçada cachorra filha da puta arrombada Kátia nos procura dizendo que ninguém que ela procurou antes conseguiu uma solução pro problema dela, nós conseguimos uma solução pro problema e a livramos de pagar R$ 156 mil, e, na hora de nos pagar módicos R$ 7,8 mil pelo serviço prestado, a ingrata diz que poderia ter resolvido o problema sozinha, corta contato conosco e muito provavelmente nos obrigará a entrar com ação na justiça.

Essa é a sina do prestador de serviço: você lidará com clientes que te tratam como um semideus quando precisam de você, e na hora de acertar as contas entram na defensiva e pisam em cima do serviço que você prestou.



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