Desempenho junho/2016 (+4,83%)
Dinheiro e Negócios

Desempenho junho/2016 (+4,83%)


Nesse mês de junho dei mais um passo de tartaruga rumo aos R$ 100k. Vejamos:


Aproveito o fim do semestre para comparar a rentabilidade do meu patrimônio com a de alguns blogueiros que já fizeram seus posts de junho:

Mestre dos Dividendos: 1% a.m.
Investidor Livre: 2% a.m.
Dr. Honorários: 2,5% a.m.
Surfista Calhorda: 3,12% a.m.
Executivo Pobre: 3,72% a.m.
Madruga: 0,67% a.m.


Ao contrário de mim, todos os colegas acima citados investem em ações e pelo visto o mercado tem sido generoso, o que pode explicar o bom desempenho deles, mas não justifica os meus pífios 0,67%.

Preciso, então, sentar na cadeira e tentar entender o que está acontecendo.

A propósito, vou dizer como está distribuído meu patrimônio, e se alguém descobrir o que está socando a minha rentabilidade para baixo, peço que me avise:

R$ 30k em LFT.
R$ 14,5k em NTN-B P 2019.
R$ 4.1k em LTN 2018.
R$ 25k em CDB de banco obscuro rendendo 1% a.m. líquido.
R$ 4,5k em KNRI11, rentabilidade no semestre de 3,4% a.m.
R$ 4,1k em AGCX11, rentabilidade no semestre de 0,98% a.m.
R$ 3,9k em RNGO11, rentabilidade no semestre de 0,44% a.m.
R$ 4,2k em BBPO11, rentabilidade no semestre de 2,5% a.m.
R$ 3,1k em Caderneta de Poupança.

Deve ter algo a ver com o fato de que parte relevante do meu patrimônio está aplicado em TD, eu registro valores líquidos na minha planilha, e no momento a tabela regressiva do IR ainda está na alíquota máxima. Será esse o motivo?

Empresa:

Mês tranquilo na minha empresa com uma distribuição de lucros mediana que me permitiu aportar 3.300,00 temers.

Em junho as expectativas de ver dinheiro grande entrando continuaram sendo meras expectativas, como aliás vem sendo desde que comecei a trabalhar.

Todo santo mês eu acho que vai entrar uma grana cabeluda e que farei um aporte turbinado, mas no fim das contas isso não acontece e meus posts de desempenho mensais são sempre compostos de aportes modestos.

Estou numa situação financeiramente confortável, mas que nem de longe considero satisfatória.

Digo isso pois não acho que vale a pena ser empresário e só ganhar em média 5 ou 6 mil temers por mês, como tenho ganhado.

Se for pra ganhar só isso, é bem melhor virar funcionário público, já que ao menos você terá estabilidade e nenhuma pressão.

Passe num concurso, deixe o pudor de lado e se junte ao clube dos que mamam nas tetas dessa prostituta chamada Estado brasileiro. Haja como se seu cargo fosse o mais importante do universo, conte para todo mundo sobre como você trabalha pesado, te garanto que por educação as pessoas vão fingir que acreditam.

Se for para ganhar só R$ 5/6 mil, também é preferível ser empregado na iniciativa privada.

Sei que ser empregado na iniciativa privada não é tão confortável quanto encostar num cargo público, mas ao menos você terá sua remuneração todo mês, terá direitos trabalhistas e o risco da atividade empresarial será do dono da empresa, e não seu.

"M-Mas eu quero empreender, não quero ter chefe e quero controlar meus próprios horários".

Ouço e leio bastante esse papo, inclusive na blogosfera.

É claro que todo mundo deseja isso, pois não ter chefe e poder controlar seus próprios horários é algo realmente fantástico.

Sinto-me muito bem em poder trabalhar sem gente me vigiando, sem bocas dizendo o que é permitido, sem precisar pedir autorização pra sair de tarde e resolver problemas pessoais.

Esse é o tipo de liberdade que, depois que você adquire, não quer mais perder nunca mais.

Mas o discurso do "empreender-não-ter-chefe-e-controlar-meus-horários" é sempre focado no bônus, o ônus quase sempre é deixado de lado.

O ônus a que estou me referindo é o risco da atividade empresarial.

O risco da atividade empresarial é o responsável pelo altíssimo índice de mortalidade das empresas que sempre se noticia por aí.

Ele é, em suma, a enorme possibilidade das coisas não acontecerem da forma como você planejava, e de brinde você ainda ser surpreendido com empecilhos e imprevistos inimagináveis, além de ter que lidar com um poder público hostil às empresas, que parece sentir prazer em atrapalhar.

É também a possibilidade de estar tudo bem com sua empresa por 10, 15, 20 anos, e depois você sofrer algum revés violento, falir e passar o resto da vida tendo que manter seu patrimônio em nome de terceiros para fugir de credores e juízes trabalhistas.

É um campo minado, um risco que não vale a pena correr por R$ 5/6 mil, pois a falência costuma ser algo infinitamente mais drástico do que ser demitido de um emprego, e por isso eu volto a repetir: se você almeja ganhar só isso, seja funcionário público ou empregado.

No meu específico caso, sigo tocando uma empresa pois acredito piamente que ela renderá bons frutos. Se algum dia eu perder a fé na possibilidade de enriquecer com minha empresa, seguirei o conselho deste post e procurarei outros rumos.

Vida pessoal:

No campo pessoal junho é um mês que não me agrada por dois motivos: (1º) tem o dia dos namorados, data criada com o único intuito de transferir dinheiro do seu bolso para o bolso dos comerciantes, e (2º) além disso eu completo "x" anos de namoro, outra situação que me deixa moralmente vinculado a fazer um agrado para a parceira.

Como me sinto todo mês de junho
É um mês que sempre me põe a pensar sobre como o ato de dar presente é estranho.

Presentear é algo tipo: "gosto tanto de você que gostaria de demonstrar apreço te dando essa sapatilha que me custou R$ 170,00, que eu não sei se você vai gostar ou simular que gostou, não sei se vai caber no seu pé ou se você vai ter que ir na loja trocar, não sei se você compraria essa sapatilha se os R$ 170,00 que eu gastei fossem seus, mas enfim, eu precisava te dar algum objeto manufaturado para demonstrar minha estima e consideração, então sorria".

Não faz sentido.

Eu gostaria que houvesse um acordo entre todas as pessoas que eu conheço e eu proibindo a troca de presentes entre si, de modo que quem quiser mostrar apreço um pelo outro assim o faça mediante carta, SMS, telefonema, WhatsApp, Telegram, Facebook, Orkut, sinal de fumaça, marcarem de se encontrar etc, tudo menos presentes.

Mas no geral eu já sou socialmente estranho por uma série de outros motivos, então por ora vou continuar entrando na dança do presente e continuar agindo como se o ato de presentear fizesse algum sentido, embora para mim não faça.

Há outros assuntos que quero comentar, mas vou fazer isso em posts separados ao longo de julho.

Aquele abraço! Bom 2016/2 a todos!



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