Existe o bom, bonito e barato?
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Existe o bom, bonito e barato?


Na segunda-feira de Carnaval, eu e minha família fomos quase abduzidos por uma espécie de free shop a céu aberto. Agora, escrevendo esse post, a lembrança do tal outlet no interior de São Paulo parece uma espécie de pesadelo que mistura Dolce Gabbana, Ermenegildo Zegna, Hugo Boss, Tommy Helfiger, Adidas, Nike, Calvin Klein e muitas outras lojas com produtos que, mesmo com descontos de 70%, custavam caríssimo. Gente aglomerada, em filas intermináveis para comer qualquer coisinha, entre uma loja e outra, com produtos quase que absolutamente desnecessários.

Meus filhos, que não receberam os genes consumistas da mãe, começaram a ficar impacientes. Os meus jovens, de 15 e 17 anos, detestam supérfluos e ainda estavam com muita fome. Se fosse para encarar uma livraria ou uma exposição de arte, talvez um museu, eles aguentariam, mas aquela situação foi ficando insuportável, inclusive para mim. É engraçado como sempre aprendo com eles. Depois de peregrinarmos por algumas lojas e nos assustarmos com os preços, eles perguntavam por que estávamos naquela verdadeira "roubada". Afinal, sucumbimos à realidade. Não havia a mínima necessidade de fazer o sacrifício de ficar naquele lugar, com pessoas que pareciam infelizes. Assim, saímos de lá quase correndo. Sorte que o estacionamento era totalmente free. Pois é, alguma coisa ali era realmente free.

Na volta para casa, comecei a refletir sobre a situação. Racionalmente, é muito bobo encarar todo tipo de desconforto para comprar produtos que poderiam ser encontrados perto de casa, sem viajar, nem enfrentar filas ou pessoas estressadas. Isto tudo pensando racionalmente, mas essa veia consumista que existe em todos nós, e bem mais aparente nas mulheres, nos leva até o fim do mundo por uma boa oferta. O difícil é encontrar essa oferta maravilhosa.

Sinceramente, já frequentei ruas de comércio popular que, dizem por aí, vendem produtos bons, bonitos e baratos. Mas o custo-benefício de enfrentar aglomerações, correr o risco de ser assaltada ou então ser "assaltada" por donos de estacionamentos muitas vezes clandestinos, tem feito com que eu repense onde e quanto vou gastar para comprar produtos bacanas a preços justos.

Não é fácil, mas tenho frequentado lojinhas que vendem produtos a partir de R$ 1,99 e, muitas vezes, tenho encontrado produtos bem legais. Tento fugir dos artigos piratas e que já vêm com cheiro de porão de navio. Artesanatos são a minha paixão. Recentemente comprei uma caneca de ágata muito boa e uma caixa de chá linda, com pinturas de vários galos (adoro galos), a preços bem razoáveis. Mas essa estória fica para outro post.



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