A tristeza de ser um pobre que não fez Medicina
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A tristeza de ser um pobre que não fez Medicina


Hoje tive um dia terrível no trabalho sofrendo duras violências mentais. Tomei vários jiu jitsus e golpes e Hadoukens mentais e cerebrais em que tive violentas explosões de cortisóis, liberações de estrogênio e diminuição da testosterona. Creio que este dia está entre os top-20 piores dias de trabalho de minha vida. Vááárias vezes pensei em desistir e passeio o dia inteiro, o dia INTEIRO pensando em como responder à altura meus chefes ou me demitir. Foi muito sinistro e o mais foda é que você se sente preso. Você sabe que seus aportes iam pra merda, todos seus planos, até sua cerveja diária acabaria.

Num desses pensamentos me veio à tona um post que eu mesmo escrevi sobre o guia de profissões do pobretão. Neste post eu coloca a medicina lá em cima como a top das tops. E então comecei a lembrar do meu antigo sonho de ser médico.

Desde pequeno minhas vós queria um médico na família e eu quando pequeno, até a 6º série era um dos top 3 da sala. A partir da 7º série, exatamente quando começa o showzinho (pelo menos da época) de garotos e garotas começando a se interessar um pelo outro, a engenia feminina e hipergamia começarem e a canalhice entre homens para ficar bem na foto perante a classe (bullyng) começou eu comecei a declinar nas notas. Eu era muito inocente e de bom coração. Acreditava na amizade e na pureza feminina. Fui estuprado mentalmente e sofri duros bullyng devido minha aparência horripilante de barrigudo de braços finos, espinhas atrozes, pelos pretos grotescos pelo rosto devido a testosterona descontrolada e um senso de vestir de mongolóide. Não só isso, a partir da 8º série nunca mais fui o mesmo devido a libido sexual que tirou COMPLETAMENTE minha concentração e elevou ao quadrado meu senso de perdedor pega ninguém em que 8 a 12 punhetas por dia no final de semana eram a regra. Minhas notas declineram até o fundo do poço no 1º ano do ensino médio onde quase rodei. No 2º e 3º aos trancos e barrancos e com cagadas fenomenais em matérias de exatas, eu passei direto e entrei para uma faculdade. Em um curso lixo.

Devido a essa fraqueza mental e QI menor que a média em conjunção com fatores externos mais libido descontrolada de jovem, nunca acreditei que eu teria chance de passar numa medicina nem teria estrutura mental para aguentar 3 anos para passar numa (sem chance uma privada) pois na minha mente eu tinha que me formar logo pra ganhar dinheiro pra poder ser amado pelas mulheres e ter sexo – nem que fosse de prostitutas. Não só isso, ao ver o pessoal do terceiro ano de medicina eu via que os caras eram completamente loucos. Competir com japoneses gênios e mulheres de baixa testosterona com capacidades de decoreba e concentração wolverinisticas? Como que eu ia bater de frente? “hurr durr molenga”. Tá bom fodão.

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Hoje ao olhar o passado eu vejo que 3 anos não são nada. Passei 3 anos pra juntar ridículos e patéticos 102.000 reais. Hoje me aproximo dos 30 anos completamente acabado mentalmente numa profissão ridícula, carreira tosca, numa empresa satanista composta de sociopatas malucos. Vejo no facebook o violento poder dos que fizeram medicina e o sentimento de inferioridade é enorme.

A realidade é que médico é a profissão mais foda do planeta. A que mais paga (das profissões fdp, das profissões). Só o absurdo status, o absurdo poder alfístico gerado por um médico sobre as mulheres, o olhar de admiração, os fluídos vaginais que saem, bem melados e até mesmo carregados de feromônios violentos que ás vezes fedem quando o cara fala que é “doutor” nenhum homem de qualquer profissão terá. Acho enojante quando vem canalhas tentar falar “hurr durr eu conheço médico que ganha mal, tá saturado, hurr durr” e o cara olha o salário do bicho é dar ódio. Sem falar os canalhas que querem ficar em capital pra ir na baladinha pagar 200 reais e fica chorando “tá saturado hurr durr”. Outros falam que trabalha muito. Gari? Mineiros? Faxineiros lixosos? Petroleiros cretinos? operários de empresas químicas? Operários que trabalham em indústrias imundas insalubres com milhares de horas extras? Vá se foder médico fdp, e me receite logo essa cataflan, palhaço reclamão.

Pois então hoje eu fiquei pensando nisso. Eu médico. O poder que eu geraria nas mulheres. A emoção de salvar vidas. A adrenalina do plantão. O poder exercido sobre as pessoas com seus conhecimentos. Os sexos com enfermeiras. As cantadas na balada falando que sou médico. O sentido de ter uma profissão que traz valor pra sociedade. Com poder reduzido de chefes e possibilidade futuro de consultórios. A facilidade de ganhar grana extra a hora que quiser.

Mas não. Eu sou uma bicha submissa violentada todo dia por machos canalhas hierarquicamente superior que ao chegar em casa para suas esposas gordas bafentas com barrigas de catupiry terríveis, marcas horrendas de cesariana ou bucetas mega alargadas pelo catarrento patético futuro beta mangina tem.

Eu tinha vocação e tenho. MInha vida no momento pode-se dizer que foi jogada fora. Não há como emanar respeito numa carreira como a minha nem aguentar muito tempo na inciativa privada.

Acho que se eu fosse um jogador da série C de um time de futebol, ou um bombeiro merdalhão seria mais feliz do que sou hoje. Está tudo errado na minha vida. ALiás eu fiz tudo errado na minha vida.

Que os médicos canalhas dêem graças a deus por ele ter dado essa dádiva de ser os anjos da terra que recebem belas recompensas pelo seu duro trabalho e parem de choramingar que nem putas.

Aécio 45!

Forte abraço!




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